Social Media Manager? WTF?

Há uns meses, tive de redigir um anúncio de emprego para um Social Media Manager. Peguei em tudo o que sabia, pus de lado todos os preconceitos e coloquei como exigências as características que prezo num ser humano:

– responsabilidade

– lealdade

– espírito de equipa

– autonomia

– proactividade

– maturidade

– excelentes capacidades de relacionamento

– capacidade de se colocar na posição de outro

– capacidade de ouvir

Em relação às capacidades técnicas ou hardskills, também me foi fácil resumir o que queria:

– Excelente capacidade de escrita

– Excelente capacidade de interpretar uma história (seja ela uma narrativa, uma empresa ou um produto)

– Conhecedor do funcionamento de redes sociais

– Capacidade de responder e interagir com os utilizadores como porta-voz de uma empresa, marca ou serviço

Em traços gerais, não me importava ter sido contactada por licenciados em Física, em Biologia ou Germânicas. Acredito que ainda não exista nenhum curso em Portugal que forme pessoas de maneira tão polivalente. Duvido também que curso algum lhes devolva as características de personalidade que este tipo de cargo requer.

Brand storytelling: Conta-me histórias

Uma história bem contada, num livro, num filme, numa anedota ou numa biografia capta a atenção de quem a ouve. Nas redes sociais e no marketing digital, passa-se o mesmo. Se analisar, o Facebook e o Twitter são plataformas virtuais onde cada indivíduo conta a sua história, com milestones como “estou num relacionamento”, como a sua timeline funciona como uma biografia. As empresas devem fazer o mesmo. Os utilizadores estão fartos de ser impingidos com produtos e serviços apenas porque sim. Mas se lhes contar uma história, talvez capte a atenção e parem na sua página apenas para ver como acaba.

Podemos recuar à Retórica de Aristóteles e definir que a mensagem deve adequar-se à audiência que queremos atingir. Para o conseguir, as marcas têm de estudar a “persona” dos seus clientes e fãs e a eles se dirigirem cirurgicamente: utilizando linguagem comum a ambos, histórias e conteúdos que criam identificação e mexem com as emoções levando ao supra-sumo da acção que, nas redes sociais, são os likes, comentários e partilhas.

Lembre-se que a comunicação eficaz se faz de um emissor para um receptor e vice-versa e deixe de falar para as paredes sobre coisas que não importam a quase ninguém, como, por exemplo, o número de vendas que a sua empresa atingiu no último ano. Se esta mensagem se enquadrar na estratégia de comunicação digital, contrate um especialista em storytelling. Apesar de tudo, se apetrechados de certas ferramentas retóricas e ficcionais, também os números podem ter o seu romantismo.

Nike: uma boa história para contar

Os bons contra os vilões, o medo, a coragem, os grandes valores humanos, o humor, eis as características que fazem do novo anúncio da Nike, uma excelente história, ou, “socialmente” falando: um conteúdo premium.

O conceito é que no verdadeiro futebol se deve arriscar tudo, esse é o espírito do jogo que mexe com as emoções mais básicas do ser humano. Este filme mostra os jogadores verdadeiros contra máquinas de futebol perfeitas. E a conclusão é a de que o perfeito é sempre aquilo que não pode ser previsto. Pelo menos, no futebol 🙂

Parabéns à Nike!

Facebook: novo layout

Não há grande novidade em dizer que o Facebook vai mudar alguma coisa.

Há um ano para cá, muitas têm sido as novidades em termos de layout para promover os conteúdos que têm mais visibilidade como as fotos, os vídeos ou os links. A 9 de Junho, os layouts vão mudar novamente, sendo que para as páginas que já foram alvo de upgrade isso já está paulatinamente a acontecer.

Se tem uma página e costumava fazer o upload de imagens com 403X403 e, de repente, as imagens ficavam pequenas, com espaços brancos nas laterais, é porque a sua página já mudou. Confira aqui as novas dimensões para as imagens dos seus conteúdos, tendo em conta todas as plataformas, numa excelente infografia de Jon Loomer.

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